Page 26 - Conceitos Básicos e Estratégia
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3.5 – O mar como fonte de recursos minerais

                         A  responsabilidade  pelas  pesquisas  da  geologia  marinha  na  plataforma
                  continental  brasileira,  desde  1994,  cabe  ao  atual  Serviço  Geológico  do  Brasil–

                  Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa vinculada ao Ministério
                  de Minas  e Energia (MME).

                         Além das atividades da Petrobras, registram-se como maiores esforços em prol
                  do  conhecimento  dos  depósitos  minerais  de  nossa  plataforma  os  advindos  do
                  Programa  de  Reconhecimento  da  Margem  Continental  Brasileira  (Remac)  e  do
                  Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica
                  Brasileira (Remplac).


                         O trabalho do Remac está consubstanciado em nove alentados volumes e em
                  uma  coletânea  de  mapas  publicados  pelo  Centro  de  Pesquisas  e  Desenvolvimento
                  Leopoldo Miguez de Melo (Cenpes), da Petrobras. O Remplac irá concentrar esforços na
                  pesquisa sobre o potencial de exploração de rochas polimetálicas (cobalto, manganês e
                  níquel), granulados marinhos e fosforitos.


                         A  pujança  mineral  terrestre  do  País  representa  um  empecilho  a  que  se
                  incentivem  maiores  pesquisas  minerais  no  mar.  De  fato,  à  exceção  de  areias  e  de
                  alguns  evaporitos,  dispõe-se  no  continente  das  jazidas  necessárias  aos  nossos
                  processos industriais.

                         Para fins de atividades econômicas, o Brasil divide a plataforma continental e

                  áreas oceânicas adjacentes em Áreas de relevante interesse mineral (Arim) (figura 8).

                   3.6–Poluição Marinha

                                                                                                      4
                         A  já  mencionada  publicação  “Amazônia  Azul  -  O  mar  que  nos  pertence”
                  apresenta uma série de exemplos  que bem refletem a importância do assunto. Ainda
                  estão presentes na lembrança de todos os efeitos da poluição marinha causada pelo
                  derramamento de 32 milhões de galões de petróleo bruto do super petroleiro Torrey
                  Canyon,  que  afundou  ao  largo  da  Inglaterra,  em  1967,  deixando  um  legado  de

                  problemas  legais  e  ambientais  que  durou  décadas.  O  óleo,  que  atingiu  o  litoral  da
                  França e da Espanha, dizimou aves e grande quantidade de organismos marinhos.




                         Em 1963, uma indústria japonesa que lançava ao mar, na baia de Minamata,
                  dejetos contendo mercúrio, inviabilizou a pesca e a maricultura na região e chegou a
                  provocar envenenamento de várias pessoas que ingeriram o pescado contaminado.


                  4 Pg. 11.

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