Page 23 - Conceitos Básicos e Estratégia
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A construção naval brasileira passou, nos últimos anos indicados no quadro 3,
(2005 –2013), por uma fase de grande aquecimento. Os principais fatores que
favoreceram essa recuperação foram uma demanda doméstica extremamente
significativa, o alto grau de mobilização política dos governos federal e estaduais, além
da disponibilidade de recursos para financiamento, pelo sistema do FMM, para
projetos de construção de embarcações e para implantação e modernização de
estaleiros. Ainda deve ser mencionada a disponibilidade de trabalhadores, de todos os
níveis, dispostos a ingressar na indústria naval, e a mobilização de escolas técnicas e
universidades para implantar programas de formação de recursos humanos
Na atualidade, o setor enfrenta um período crítico, em decorrência dos
problemas de gestão que se abateram sobre a Petrobras,que afetaram, severamente,
a carteira de encomendas que a Empresa mantinha junto aos principais estaleiros.
Quadro2 – Desempenho da indústria naval
Contratos Entregas Nºdeempreg
Ano tpb tpb ados
2000 29.361 11.248 1.910
2001 77.216 2.999 3.976
2002 27.445 21.850 6.493
2003 90.900 24.119 7.465
2004 5.800 17.287 12.651
2005 19.300 45.342 14.442
2006 2.550 67.294 19.600
2007 2.466.800 50.157 39.000
2008 531.716 101.419 40.277
2009 871.105 13.246 46.500
2010 (*)78.485
Total 4.122.193 354.961 —
Fonte:Sinaval.
(*) O Sinaval ampliou seu campo de apuração, com a inclusão de
diversos estaleiros da Região Norte, não considerados no período
de 2000 a 2009, com os dados do setor de recreio e lazer,
coletados pela Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e
seus i mplementos (Acobar).
3.4 – O mar como fonte de alimentos
Embora o País possua um extenso litoral, cerca de 8.500 km, a baixa produção
pesqueira marítima nacional, próxima a 540 mil toneladas em 2010, pouco mais de
0,5% do total mundial, está associada às condições oceanográficas ao longo da costa,
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